quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Coronel da PM que comandou negociação do caso Eloá depõe à polícia

SÃO PAULO - O coronel da Polícia Militar Eduardo José Felix, que comandou a negociação com o seqüestrador Lindemberg Alves durante o período em que as adolescentes Eloá Cristina Pimentel e Nayara Rodrigues, presta depoimento à polícia. O coronel afirmou que a invasão do apartamento onde as meninas eram mantidas reféns só foi invadido após um tiro disparado por Lindemberg Alves. Foi ele também o responsável pela volta de Nayara ao local do crime - ela havia sido mantida refém com a amiga na segunda-feira e liberada na noite de terça, trocada pela volta do fornecimento de energia elétrica, que havia sido suspenso.
Na manhã em que Nayara entrou novamente no apartamento o coronel garantiu que Nayara não era refém novamente. A assessoria de imprensa da polícia informou que a presença dela era parte da estratégia de negociação.
Nesta quarta, em seu primeiro depoimento, Nayara afirmou que Lindemberg não havia disparado nenhum tiro nos minutos que antecederam a invasão. Segundo ela, o tiro ocorreu por volta de 15h e 16h. Lindemberg atirou para o alto após uma crise nervosa de Eloá e eles até estranharam que a polícia não tenha tentado fazer contato com o seqüestrador no apartamento.
Vinte e quatro pessoas já foram ouvidas pela polícia. O primeiro a depor, na noite em que matou Eloá, foi Lindemberg Alves, que se recusou a falar e disse que só falaria à Justiça. Dos cinco policiais que participaram da invasão, quatro disseram que ela ocorreu após o disparo de uma arma.

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